1.000 Kbençãos
Numa coletânea musical que marcou grandemente a formação da minha identidade, várias são as obras em que superando o valor artístico, salienta-se a inspiração divina dos autores.
Em concreto o Livro: Cânticos de Alegria, atribui o n.329 ao hino em que somos desafiados a fazer face aos problemas que nos surgem, somos incentivados a observar, enumerar, contar as muitas bênçãos recebidas.
Este poema, pela força das grandezas numéricas, não me deixou em todo o dia. Em concreto relembrei que, há dias, um importante quadro executivo de topo, no panorama atual empresarial, foi convidado a por fim às suas funções.
O ponto que prendeu a minha atenção foi o quantitativo acordado como contrapartida à sua saída de funções: para poder interpretar a grandeza foquei-me fraccionalmente nas 36 prestações de 150.000€ que constituíram o acordo fechado.
E pensei no conceito de milhões e na sua pouca proximidade com a minha realidade. Concordei que qualquer coisa nesta unidade - milhão, deixa de ser real e passa a ficção.
Hoje, no desempenho das minhas funções profissionais, desenrolava conversação num idioma em que me sinto pouco confortável, quando o meu interlocutor, ao dimensionar volume de que falávamos sai-se com a mesma palavra: milhão. Parei de escutar: rabisquei no IPad, tremi e pensei como se escreve isto? Tantos zeros fica mal, dá ideia de confusão, tem de ser diferente!
Na resposta escrita lá vinha a sigla: 1.000 k€ - pensei: "Há! É isso!" Somos muito limitados a imaginar e por isso temos de contar. Fui levado a concluir, era disto que falava o hino: "conta as bênçãos, conta quantas são,...". Era disto que falava Deus com Abraão: "conta as estrelas". De outra forma temos dificuldade em abarcar a dimensão total, daquilo que Deus é para nós.
Na minha pequenez concluo este dia dizendo agradecido: Não há Deus como o nosso Deus, Ele é Grande, faz coisas Grandes, dirige-nos na construção de celeiros grandes, porque grandes são os seus projectos para nós.
Termino com o tema de abertura:
Conta as bênçãos! Conta quantas são,
Recebidas da divina mão!
Uma a uma, di-las de uma vez,
Hás-de ver, surpreso, quanto Deus já fez!
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