Hoje enquanto jantava em família, o meu primogénito, atirou-me com a pergunta: "Pai o que é o caso Freeport?"
Olhei-o de soslaio para verificar se estava a olhar para algum jornal ou revista, mas não. Terá certamente escutado num qualquer jornal televisivo, obrigo-me a deduzir.
Mas a pergunta lá estava, os seus olhos piscavam enquanto me observava e depreendo que me estaria a medir. -Será que o velhote se safa?
Atrevo-me a explicar que há para aí uns "tipos" que se lembraram de acusar um provavelmente inocente engenheiro, que por acaso até é primeiro ministro de ter estado envolvido numa qualquer manobra menos clara.
Trocando a coisa por miúdos lá acabei por usar uma palavra mais familiar: "Batota". Naturalmente não quis parecer incómodo ao explicar que nada se provou ainda e por isso provavelmente trata-se de um equívoco.
O problema é que este mesmo interlocutor que recentemente viu chegar tardiamente um prometido "Magalhães" sempre terá imaginado que esse tal senhor, certamente terá qualquer coisa em comum com o colega lá da turma que ocasionalmente aparece com um qualquer brinquedo demasiado parecido com um desaparecido nas redondezas.
-Exacto! O sobrenome não é o mesmo mas a familiaridade é notória.
Quiçá esse engenheiro também acabará um dia como o seu homónimo ateniense, homem piedoso executado por impiedade conforme os diálogos de Platão o retratam.
De uma maneira ou de outra, são estas pequenas pedras - actos, com que se vai construindo esse edifício a que chamamos vida, que formam não só a nossa imagem mas acima de tudo a imagem que os outros têm de nós.
Ao meu filhote tentei explicar que, mais cedo ou mais tarde tudo vem ao de cima:
- o bem, o mal, e o dúbio!
Um abraço!
Ambrosius
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário